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Conheça o Concreto Ecológico
As preocupações com o meio-ambiente nem sempre fizeram parte da indústria da construção civil, o que a fez se tornar uma das maiores emissoras do gás CO², que é extremamente nociva à atmosfera do planeta. Porém, percebendo os impactos causados no meio-ambiente nos últimos anos, a busca por alternativas mais sustentáveis se torna cada vez maior, um exemplo disso é a produção do concreto biológico.
O uso excessivo do concreto vem sido discutido entre profissionais da área no mundo todo. Em discussões sobre o assunto, percebeu-se que existem diversos materiais que podem ser utilizados na mistura do concreto e que atualmente são descartados de maneira incorreta pela indústria.
E que materiais são esses?
Ao invés de pedra britada, o concreto pode receber em sua mistura partículas vegetais como cascas de arroz, sobras de cana-de-açúcar, bambu e serragem.
Resíduos como borracha de pneus, cinzas geradas na queima de carvão mineral, areia de fundição, aço, cerâmica, e pó de telhas também são opções.
O importante é que o material seja tão resistente quanto o usado na produção convencional.
Utilizando materiais alternativos na produção do concreto, a sustentabilidade aparece de duas formas. Reaproveitando os materiais, é tida a economia financeira e de recursos, e uma menor emissão de gases causadores do efeito estufa.
Além de causar menor impacto ambiental, o concreto ecológico oferece vantagens como a absorção de impactos, permeabilidade, que possibilita a drenagem das chuvas, entre outras.
Fonte: Blog da Engenharia
Motivos para ser engenheiro
Quem já passou ou está passando pela transição do Ensino Médio para a graduação sabe que não é uma decisão fácil. É importante que você avalie suas próprias habilidades e limitações, além da afinidade com cada área. Por exemplo, alguém que odeia cálculo, provavelmente optará por ficar longe da Engenharia, o período de estudo é grande e é preciso fazer um curso que te dê motivação.
Há uma versatilidade na Engenharia que pode incentivar você a seguir por esse caminho, existe um entendimento nas organizações que facilita para um engenheiro ingressar em cargos das ciências humanas, como a administração, por exemplo. É muito comum vermos engenheiros trabalhando em outras áreas de atuação e até termos um olhar negativo sobre isso, mas, na verdade, essa é uma grande vantagem. No decorrer do curso você ganha novas habilidades e uma boa base de mercado, o que te possibilita como profissional agarrar boas oportunidades mesmo que fuja um pouco do seu campo de atuação. Até porque ao final de uma graduação nosso conhecimento se expande, assim como nossos gostos e aspirações de atuação. Hoje, muitas empresas apresentam diretores, presidentes e gerentes com formação em alguma engenharia. E claro, vamos dar o mérito ao engenheiro que vai planejar, projetar e construir algo, afinal se esse é o seu sonho, só há um caminho para alcançá-lo!
Pensando em tudo isso, uma dica valiosa na faculdade é ir pensando num ramo para se especializar dentro da engenharia, mas como o mercado vive mudando é preciso ficar atento, pois ao terminar a faculdade aquela especialização que você pensava fazer lá no início pode não estar tão em alta, fique ligado nas mudanças de política e mercado e tenha sempre um plano B.
Você sabe quais são as 34 Engenharias existentes? Isso mesmo, são 34 e colocamos elas aqui embaixo pra você:
Engenharia Acústica | Engenharia Aeronáutica | Engenharia Agrícola | Engenharia de Agrimensura e Cartográfica | Engenharia de Alimentos | Engenharia Ambiental e Sanitária | Engenharia Biomédica | Engenharia de Bioprocessos | Engenharia Civil | Engenharia da Computação | Engenharia de Controle e Automação | Engenharia Elétrica | Engenharia Eletrônica | Engenharia de Energia | Engenharia Física | Engenharia Florestal | Engenharia Hídrica | Engenharia Industrial | Engenharia de Materiais | Engenharia Mecânica | Engenharia Mecatrônica | Engenharia Metalúrgica | Engenharia de Minas | Engenharia da Mobilidade | Engenharia Naval | Engenharia Nuclear | Engenharia de Pesca e Aquicultura | Engenharia de Petróleo | Engenharia de Produção | Engenharia Química | Engenharia de Segurança no Trabalho | Engenharia de Sistemas | Engenharia de Telecomunicações | Engenharia Têxtil
Concreto Flexível é duas vezes mais resistente que o convencional
Um concreto duas vezes mais resistente e com mais durabilidade do que o convencional foi inventado por engenheiros da Universidade Tecnológica Nanyang, em Cingapura. Trata-se de um concreto flexível e durável, batizado de ConFlexPave, que leva polímeros especiais em sua mistura.
Ele pode ser usado de diversas formas, mas principalmente em construções de rodovias, já que por exigir menos manutenção do que o original, ele possibilita aumentar a velocidade de instalação do concreto pela metade, segundo seus criadores.
Quem liderou o estudo desse projeto foi o engenheiro Yang Em-Hua, ele conta que a ideia veio de pesquisas, de como os componentes do concreto agem em escala microscópica.
“Conhecendo o material em detalhes, pudemos deliberadamente selecionar e construir os componentes que entrariam nessa mistura, de maneira a permitir usos mais flexíveis”, explicou o engenheiro.
Dá-se a entender que com a adição dos polímeros especiais, a tensão é distribuída sobre a superfície de um jeito menos concentrado, o que resultou em um concreto extremamente duro e duas vezes mais forte que o normal.
A intenção dos criadores, é que nos próximos três anos o material esteja sendo testado em áreas públicas.
Jovem mineira faz sucesso no Youtube com tutoriais de reforma
Dizem que a necessidade faz o homem, e com a universitária Paloma Cipriano, de 23 anos não foi diferente.
A jovem mineira, de Sete Lagoas, viralizou na internet ao publicar vídeos ensinando serviços de reforma em seu canal.
Nem sempre há dinheiro para contratar profissionais especializados para realizar pequenas reformas em casa, por isso, acabamos colocando a mão na massa quando necessário, mesmo não tendo muita ideia de como fazer os procedimentos.
E foi exatamente essa a ideia dos vídeos da jovem, auxiliar pessoas que precisam de dicas para realizar essas reformas.
No canal da Paloma tem tutoriais de procedimentos que vão desde como lixar uma porta à como assentar cerâmica.
A ideia de ajudar as pessoas com os tutoriais surgiu de uma necessidade. Paloma tinha todos os materiais para realizar uma reforma na casa da mãe, mas lhe faltava dinheiro para contratar um profissional que pudesse realizá-la.
E foi assim que Paloma decidiu que poderia fazer o serviço com as próprias mãos, até que um dia, sua mãe sugeriu que ela gravasse os momentos em que realizava os procedimentos e jogasse na web.
“No início, fiquei com receio de publicar porque tinha vergonha. Mas a reação das pessoas foi tão boa que resolvi gravar e divulgar tudo o que fazia em casa”, conta Paloma em entrevista para o jornal Folha de São Paulo.
A medida em que Paloma começou a divulgar os vídeos, o canal virou um sucesso, com milhões de visualizações.
“A internet se tornou uma facilitadora para as pessoas. Eu, por exemplo, tudo que não sei fazer procuro na internet e aprendo. É também uma forma de economizar um bom dinheiro” afirma.
Seu canal já ultrapassou a marca de 50.000 inscritos, e seus vídeos recebem comentários diariamente, relatos de pessoas que seguiram as instruções da universitária e acabaram economizando um bom dinheiro.
Paloma já chegou a cursar Engenharia Civil, mas, por incrível que pareça, desistiu e trocou o curso pelo de Publicidade. “Troquei para publicidade e não me arrependo porque é o que eu gosto” conta.
Outro objetivo de Paloma, é mostrar ao mundo que mulheres também podem realizar reformas e serviços do gênero, assim como os homens.
“O meu intuito é incentivar as mulheres e mostrar que nós podemos também” afirma a jovem.
Abaixo um de seus vídeos, em um tutorial de como rebocar uma parede:
Podemos dizer então, que esse é o melhor lado da internet: poder passar o conhecimento que temos para as outras pessoas, e adquiri-lo quando precisamos! E você, o que acha?
Sistema de blocos de concreto economiza tempo e gastos nas construções
Sustentável, econômico, prático. É assim que podemos chamar o sistema de blocos de concreto automontáveis Block ARMO.
Ele foi desenvolvido pela empresa mexicana Armados Omega, com o intuito de solucionar problemas de moradia em regiões mais pobres do país.
Juan Manuel Reyes e o arquiteto Jorge Capistrán, são os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto possui baixo custo, tendo uma economia de 20%, e que reduz em até 50% o tempo das construções. Isso porque trata-se de um sistema muito simples. Os Block ARMO são blocos de fácil encaixe que dispensam o uso de aglutinantes, como a argamassa, por exemplo.
A produção do Block ARMO foi anunciada no fim do ano de 2015, e, segundo a empresa desenvolvedora, o principal objetivo da produção desse material, é ajudar a sociedade através da construção de moradias dignas.
A sustentabilidade não para por aí, já que o produto leva materiais reciclados em sua composição.
Em sua produção, é utilizada a madeira reciclada e uma pequena quantidade de água.
Segundo Juan Manuel Reyes, “O sistema consiste em 6 peças automontáveis que são capazes de se auto-sustentar e pelas quais passa uma uma haste a cada 80 centímetros, sem necessidade de argamassa especial, formando uma estrutura que pode receber as instalações sem nenhum problema”.
A montagem dos blocos é bastante simples, não precisa de mão de obra especializada, nem do uso de materiais secundários, o que reduz o custo e o tempo gasto nas construções.
Esse material poderia muito bem ser a solução para problemas habitacionais no Brasil! E você, o que acha?
Concreto Permeável é a Solução para Enchentes
Diversas cidades sofrem com alagamentos e enchentes em períodos chuvosos, o que causa prejuízos, transtornos, acidentes e até doenças. Isso geralmente acontece porque o asfalto das metrópoles não possuem capacidade suficiente de absorção da água e acabam por sobrecarregar o sistema de drenagem.
A solução, como sempre está ligada a tecnologia. No ano passado, a empresa britânica do ramo de construção civil Lafarge Tarmac desenvolveu uma espécie de concreto inovador que promete ser a solução para enchentes e alagamentos nas ruas.
O TOPMIX, como foi batizado, tem a capacidade de absorver mais de 4.000 litros de água em um período de menos de 1 minuto.
Além de prevenir inundações, esse concreto é capaz de moderar o aquecimento nas pistas nos dias quentes.
“Durante períodos de aumento das temperaturas e de chuvas intensas, a água armazenada dentro do sistema evapora, criando um efeito de resfriamento que reduz a temperatura da superfície” explica a empresa fabricante.
Ele funciona a partir de sua estrutura ‘granulada’, uma camada altamente porosa e permeável no concreto, ela permite a drenagem da água por meio dos espaços livres na estrutura, enviando a água para uma espécie de reservatório subterrâneo.
O conceito já é existente há 60 anos e não foi aplicado devido a sua baixa resistência para com a passagem dos veículos. Porém, segundo a Lafarge, o TOPMIX é resistente e indicado para áreas urbanas como pátios, estacionamentos, calçadas e áreas de tráfego leve e médio.
Apenas não é indicado para locais onde a temperatura é muito baixa, pois pode acabar congelando a água no subterrâneo e danificar o piso.
Robô que faz demolição, reciclagem e limpeza da obra, promete revolucionar o meio da construção civil.
A demolição é um processo que requer grandes máquinas, e além de gerar grandes nuvens de poeira, muitas vezes acabam resultando em grandes quantidades de resíduos que são diretamente destinadas a aterros.
Foi pensando nisso que o projetista sueco Omer Haciomeroglu, da Umeå Institute Design – renomado centro de design da Europa – em parceria com a Atlas Copco, desenvolveu ERO – um robô que é capaz de realizar demolições sem qualquer tipo de desperdício.
Geralmente nos processos de demolição, é necessário o uso de máquinas pesadas, que consomem demasiadas quantidades de energia, sem falar da necessidade da pulverização de grandes quantias de água sobre a estrutura, afim de evitar a propagação de poeira prejudicial a saúde.
Após a conclusão desta etapa, os entulhos são transportados para algum aterro, onde normalmente os materiais não recebem uma separação adequada.
O ERO Robot realiza de maneira eficiente a demolição de estruturas de concreto sem desperdícios ou emissão de poeira, e ainda pode reaproveitar os materiais para serem utilizados em uma próxima construção pré-fabricada. Ele utiliza jatos de água de altíssima pressão para desmontar a superfície do concreto, e ao mesmo tempo embala o material a ser reciclado, separa a brita dos resíduos de cimento e areia, e, por fim, limpa a área onde foi realizado o processo. Além disso, o equipamento mantém intactos os vergalhões da estrutura, de forma que possam ser utilizados novamente. Enquanto realiza a demolição, o equipamento suga os resíduos e os separa da água utilizada por ele mesmo, permitindo que a mesma seja reaproveitada.
“As técnicas conhecidas de demolição exigem várias máquinas, alto consumo de energia e grande desperdício de água. O que nossa equipe fez foi pensar em um projeto que concentrasse essas operações em uma única máquina” afirma Haciomeroglu.
Um dos objetivos da realização deste projeto era oferecer de forma sustentável e inteligente uma solução para processos de demolição realizados no futuro, permitindo também a reutilização dos resíduos.
O projeto foi ganhador do prêmio Internacional Design Excellence Award (IDEA) em 2013, na categoria design acadêmico.
O ERO Robot começa a entrar em escala industrial este ano. Ainda não há previsão do custo do equipamento, mas Omer afirma que considerando a inovação que seu projeto trará para a construção civil torna o equipamento acessível para compra. “O material reciclado pelo ERO ganha mais valor de comercialização, além de poder baratear obras. Sem contar a economia que ele gera no consumo de energia e na racionalização da mão de obra” afirma.
How Does ERO work? from omerh on Vimeo.
O reaproveitamento dos materiais na construção civil
Todas as construções, desde as pequenas obras até os grandes empreendimentos, geram grandes quantidades de resíduos, os também chamados “entulhos”.
Dados apontam que no Brasil, cerca de 50% dos resíduos utilizados em obras são desperdiçados, isso significa 850.000 toneladas por mês, enquanto no Reino Unido são produzidos 53.000 toneladas por ano, e, no Japão o desperdício é de cerca de 6.000 toneladas por ano. Sentiu a diferença?
Entres os materiais desperdiçados estão concreto, madeiras, aço, tijolos, cerâmica, pedras, argamassa, plástico, tinta… Resumindo, resíduos gerados em processos de construção, demolição ou escavação.
Você já parou para se perguntar para onde vão esses resíduos?
Normalmente os entulhos são jogados em caçambas e acabam sendo levados para aterros e lixões sem um destino concreto, em algumas situações os resíduos são jogados em terrenos abandonados e até mesmo em calçadas, atrapalhando a circulação das pessoas e causando problemas ambientais e sociais.
O que muitas pessoas ainda não sabem é que esses materiais podem ser reaproveitados e até mesmo comercializados novamente.
Os benefícios que o reaproveitamento desses materiais podem trazer são bem grandes, o objetivo é reciclar, de forma que esses materiais possam ser utilizados em novas obras, acarretando benefícios para a comunidade e o meio ambiente.
Além de reduzir o uso de matéria prima para a fabricação de novos materiais de construção, os materiais reaproveitados podem ser utilizados em obras públicas e privadas, construção e manutenção de estradas, sem falar na redução da quantidade de lixo nos aterros e a diminuição do volume de detritos e resíduos nas construções civis.
Para que os materiais possam ser reciclados e reaproveitados, é necessário que a obra seja desmontada ao invés de demolida, em consequência disso, o custo será maior, e esse é um dos motivos pelo qual o Brasil não aderiu plenamente a prática.
É fundamental que as peças sejam separadas de acordo com o seu material, para que então possam ser recicladas de maneira correta. Nem todos os materiais podem ser reutilizados, entre eles o vidro, a cerâmica, os boxes de banheiro, telhas de amianto e etc.
Depois de separados, os materiais serão moídos por uma espécie de triturador e transformados em pó, em seguida, misturados com aglomerante – um produto usado para ligar as substâncias – e transformados em argamassa, que poderá ter diferentes usos.
Apesar de o reaproveitamento dos materiais desperdiçados nas obras ser uma ótima ideia, ela só poderá ser colocada em prática quando houver a conscientização do governo e sociedade, e houver o investimento necessário para acabar com esse problema.